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A familia na Pós modernidade

  • Foto do escritor: Guilherme Porcaro
    Guilherme Porcaro
  • 26 de jan. de 2024
  • 2 min de leitura



A família vem passando por mudanças ao longo do tempo, juntamente com as mudanças sociais, que desafiam a questão de gêneros, tanto dentro do núcleo familiar, quanto na sociedade. A atual conjuntura social (sociedade ocidental), onde o casal é constituído de forma subjetiva, e não mais apenas para cumprir necessidades biológicas ou sociais, nos dá uma certa sensação de liberdade, na qual podemos escolher (ou achamos que escolhemos) por nós mesmos os nossos parceiros(as), por interesses em comum, ou outras características que desejamos.


A mulher se encontra em plena ascensão na balança social, porém ainda pode-se dizer que o patriarcado ainda se faz presente, colocando a mulher em uma posição de mãe, dona de casa, trabalhadora, empresária, feminina, e tantas outras funções que acabam por sobrecarregá-la. Apesar disto, pode-se dizer que a sociedade está evoluindo de uma sociedade patriarcal, para a conjungal (através do matrimônio), onde ocorre uma interdependência entre os indivíduos, que se formam por interesses próprios, e não mais somente por valores sociais e culturais. Os novos modos de conjuntura familiar atestam uma nova conjuntura social: famílias monoparentais, famílias compostas por casais homoafetivos, família recompostas. Filhos nascidos artificialmente e adotivos são exemplos destas novas configurações que desafiam a clínica psicanalítica atual.


A familia é imprescindível para o ser humano, como fator estruturante na sua constituição. É a base do sujeito, onde a sua personalidade se desenvolverá, assim como o modo de se relacionar com os outros, onde os limites serão dados (ou não), e a resultante desta experiência será o sujeito, e em larga escala a sociedade. A familia multi-facetada da pós modernidade tem como principal desafio a construção de funções de cada participante que dará um mínimo de estrutura para os participantes. O que importa é que se desempenhe as funções de mãe, pai, com todas as suas características, mas não necessariamente por homens ou mulheres. Um tio (tia) por exemplo pode muito bem a função de pai, impondo limites, acolhendo quando necessário, ampliando os horizontes da criança para além da mãe. Ou uma avó pode fazer a função materna.


Estes são os novos desafios das configurações familiares atuais, manter as funções estruturantes para o ser humano, porém com novas cara de acordo com as situações específicas. Até mesmo porque uma família dita tradicional com pai (homem), mãe (mulher) e filhos, nunca foi garantia de saúde mental para todos os envolvidos.


Guilherme Porcaro



Psicologo BH; Psicologo Buritis.

 
 
 

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